A crosta terrestre, isto é, a superfície da
Terra onde “pisamos” não é uma faixa contínua e, sim, constituída de vários
“pedaços”, denominados placas tectônicas. Estas se movimentam, e, como
consequência disso, surgem às falhas, por onde o magma soergue-se para “fechar”
tais fissuras. Ao entrar em contato com a litosfera, resfria-se formando
“cicatrizes” entre as rochas pré-existentes, constituindo, dessa forma, os
diques.
Portanto, diques são corpos de rochas magmáticas com forma tabular, isto é,
semelhante a uma tábua, e de limites bem definidos. A rocha onde o dique fica
alojado é chamada de encaixante ou hospedeira, que é do tipo metamórfica. Vale
salientar que o nome dique vem do fato de as rochas magmáticas estarem
contidas nas rochas pré-existentes, as quais são mais antigas, formando uma
espécie de barreira que as “encapsula”.
No caso de
Búzios, especialmente, o dique surgiu a partir da abertura do Oceano Atlântico,
quando o magma se infiltrou nas fraturas continentais. Esse
magma solidificou-se formando o basalto, que é uma rocha magmática extrusiva
rica em ferro e magnésio. Ele não apresenta cristais visíveis a olho nu, por
ter tido seu resfriamento fora da crosta e de forma muito rápida. Por outro
lado, verificam-se xenólitos, isto é, fragmentos de diversos tamanhos removidos
da rocha encaixante e incorporados pelo magma.
Segundo Antônio Guerra e Antonio José
Teixeira, “Do ponto de vista geológico, os diques podem, algumas vezes, servir
para datar a idade de certos terrenos. Economicamente, são muito procurados por
causa dos minerais que geralmente contêm”.
Além disso, os
diques da Ponta do Marisco, em Búzios, representam uma grande herança do período
cambriano, que nos permite compreender que a Terra está em constante processo
de modificação. Isso nos sugere que ela nem sempre foi como é atualmente, e
ainda serve como mais uma evidência da separação dos continentes e a formação
do Oceano Atlântico.
Referências
bibliográficas
GUERRA,
Antônio. Novo dicionário geológico-geomorfológico/ Antônio Teixeira Guerra e
Antonio José Teixeira Guerra. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Xen%C3%B3lito
http://www.caminhosgeologicos.rj.gov.br/novo/PDF_A3/Buzios_Geriba.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0370-44672011000100003&script=sci_arttext
http://www.caminhosgeologicos.rj.gov.br/novo/PDF_A3/Buzios_Geriba.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0370-44672011000100003&script=sci_arttext
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