12 de maio de 2012

Dique de Basalto



A crosta terrestre, isto é, a superfície da Terra onde “pisamos” não é uma faixa contínua e, sim, constituída de vários “pedaços”, denominados placas tectônicas. Estas se movimentam, e, como consequência disso, surgem às falhas, por onde o magma soergue-se para “fechar” tais fissuras. Ao entrar em contato com a litosfera, resfria-se formando “cicatrizes” entre as rochas pré-existentes, constituindo, dessa forma, os diques.
Portanto, diques são corpos de rochas magmáticas com forma tabular, isto é, semelhante a uma tábua, e de limites bem definidos. A rocha onde o dique fica alojado é chamada de encaixante ou hospedeira, que é do tipo metamórfica. Vale salientar que o nome dique vem do fato de as rochas magmáticas estarem contidas nas rochas pré-existentes, as quais são mais antigas, formando uma espécie de barreira que as “encapsula”.

No caso de Búzios, especialmente, o dique surgiu a partir da abertura do Oceano Atlântico, quando o magma se infiltrou nas fraturas continentais. Esse magma solidificou-se formando o basalto, que é uma rocha magmática extrusiva rica em ferro e magnésio. Ele não apresenta cristais visíveis a olho nu, por ter tido seu resfriamento fora da crosta e de forma muito rápida. Por outro lado, verificam-se xenólitos, isto é, fragmentos de diversos tamanhos removidos da rocha encaixante e incorporados pelo magma.

Segundo Antônio Guerra e Antonio José Teixeira, “Do ponto de vista geológico, os diques podem, algumas vezes, servir para datar a idade de certos terrenos. Economicamente, são muito procurados por causa dos minerais que geralmente contêm”.
Além disso, os diques da Ponta do Marisco, em Búzios, representam uma grande herança do período cambriano, que nos permite compreender que a Terra está em constante processo de modificação. Isso nos sugere que ela nem sempre foi como é atualmente, e ainda serve como mais uma evidência da separação dos continentes e a formação do Oceano Atlântico.



Referências bibliográficas

GUERRA, Antônio. Novo dicionário geológico-geomorfológico/ Antônio Teixeira Guerra e Antonio José Teixeira Guerra. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.


           


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